A Igreja Católica e sua contribuição histórica para a humanidade

Poucas pessoas sabem que a Igreja Católica é a instituição que mais realiza obras de caridade no mundo. Seu trabalho humanitário ultrapassa séculos e fronteiras, sustentando escolas, hospitais e programas sociais que atendem milhões de pessoas. Apenas na África, estima-se que cerca de 60% das escolas e hospitais seriam fechados se a Igreja deixasse o continente. Um exemplo marcante de sua atuação foi durante a epidemia de AIDS nos Estados Unidos, quando as autoridades, sem saber como lidar com a situação, pediram ajuda às freiras católicas — as únicas dispostas a cuidar dos doentes abandonados.
O papel da Igreja no Brasil antes da saúde pública

No Brasil, até a década de 1950, não existia um sistema público de saúde estruturado. Nesse cenário, foram as casas de caridade mantidas pela Igreja Católica que ofereceram cuidados médicos e abrigo às pessoas mais pobres. Hospitais, asilos e abrigos surgiram de iniciativas religiosas, muitas vezes sustentadas apenas por doações e pelo trabalho voluntário de religiosos. Essa atuação foi essencial para a criação das bases do que mais tarde se tornaria o sistema de saúde brasileiro.
A presença global da caridade católica

Os números impressionam. A Igreja Católica mantém na Ásia:
- 1.076 hospitais
- 3.400 dispensários
- 330 leprosários
- 1.685 asilos
- 3.900 orfanatos
- 2.960 jardins de infância
Na África, são:
- 964 hospitais
- 5.000 dispensários
- 260 leprosários
- 650 asilos
- 800 orfanatos
- 2.000 jardins de infância
Na América, existem:
- 1.900 hospitais
- 5.400 dispensários
- 50 leprosários
- 3.700 asilos
- 2.500 orfanatos
- 4.200 jardins de infância
Na Oceania:
- 170 hospitais
- 180 dispensários
- 1 leprosário
- 360 asilos
- 60 orfanatos
- 90 jardins de infância
E na Europa, são:
- 1.230 hospitais
- 2.450 dispensários
- 4 leprosários
- 7.970 asilos
- 2.370 jardins de infância
Esses dados revelam o imenso alcance da Igreja Católica no cuidado com os mais necessitados.
Por que a Igreja não vende tudo o que tem?

Uma das perguntas mais frequentes é: “Por que a Igreja não vende tudo o que possui para ajudar os pobres?”. A resposta é jurídica e histórica. O Tratado de Latrão, assinado em 1929 entre o Vaticano e a Itália, impede a venda dos bens do Vaticano. Além disso, muitos itens tidos como “tesouros” da Igreja têm valor histórico e artístico, e não financeiro. O famoso “Trono de São Pedro”, por exemplo, não é de ouro, mas de bronze dourado sobre madeira, criado por Gian Lorenzo Bernini no século XVII, uma das maiores obras de arte sacra do mundo.
Reflexão: o valor da solidariedade vai além do material
Mesmo que a Igreja vendesse seus bens, isso não resolveria a miséria mundial. Se esse fosse o caminho, também deveríamos exigir que museus vendessem suas obras, que países entregassem suas riquezas e que cada pessoa doasse seus bens pessoais, como o computador que usa agora. A verdadeira caridade vai muito além do dinheiro — está em servir, acolher e amar o próximo, como a Igreja Católica faz há mais de dois mil anos.

