A história da oração “Salve Rainha” remonta ao século XI, quando foi composta pelo monge beneditino Hermann Contractus. Apesar de enfrentar graves limitações físicas — como deformidades, cegueira e paralisia —, Hermann demonstrava uma fé profunda e uma serenidade admirável. De sua espiritualidade nasceu essa prece, marcada por confiança e devoção à Virgem Maria.
Origem da Oração
Durante a Idade Média, época de intensa devoção mariana, a “Salve Rainha” ganhou destaque como um hino de fé e esperança. Era rezada não apenas nos mosteiros, mas também entre os cavaleiros das Cruzadas, que a utilizavam como súplica por proteção antes das batalhas. A figura de Hermann Contractus, reconhecido por sua sabedoria e piedade, tornou-se símbolo de como a fé pode florescer mesmo em meio ao sofrimento.
A Contribuição de São Bernardo de Claraval
No século XII, São Bernardo de Claraval deu uma nova forma à oração ao acrescentar suas três invocações finais: “Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria!”. Segundo a tradição, isso ocorreu em 1146, durante uma celebração na cidade de Espira, quando, emocionado ao ouvir o canto da prece, São Bernardo completou-a com essas palavras que se tornaram parte inseparável do texto.
Difusão e Significado Espiritual
Com o passar do tempo, a “Salve Rainha” se difundiu amplamente, tornando-se uma das orações marianas mais queridas da Igreja Católica. É tradicionalmente entoada desde a festa da Santíssima Trindade até o Advento, além de ser a oração final do Santo Rosário.
Hoje, a “Salve Rainha” é vista como um cântico de confiança e entrega, expressando o amor dos fiéis à Mãe de Deus. Ela representa séculos de devoção, esperança e fé, reafirmando Maria como Rainha, protetora e intercessora da humanidade.